Projeto Cozinha Mineira Patrimônio celebra a preservação dos sistemas culinários do milho e da mandioca em Minas Gerais
O Governo de Minas Gerais realizou um marco histórico ao registrar a comida mineira como patrimônio imaterial do estado no dia 5 de julho. Essa conquista representa um importante reconhecimento e valorização dos saborosos pratos típicos, que vão desde o frango com quiabo até o tropeiro, passando pelo queijo e todas as delícias produzidas no estado, e tão comuns nos ambientes rurais. Essa iniciativa faz parte do Plano Estadual da Gastronomia Mineira, liderado pelo governo de Minas e pela Secretaria de Estado da Cultura, com a participação de 20 instituições.
Durante as comemorações do Dia da Gastronomia Mineira, o trabalho de valorização da produção local foi destacado, e também foi lançada a Temporada da Cozinha Mineira Patrimônio 2023, que contemplará cursos de qualificação e festivais para todos os produtores da cozinha local.
Até outubro, a Temporada da Cozinha Mineira Patrimônio 2023 promoverá diversas ações em todo o estado. Segundo o Secretário de Cultura, Leônidas Oliveira, haverá oportunidades de qualificação, formação e até mesmo festivais. "Queremos realizar um festival internacional, considerando que, no próximo ano, já teremos o queijo reconhecido pela Unesco. Será um projeto de estruturação, também voltado para a agricultura familiar, que é a base dos alimentos feitos ou transformados em nossas mesas", destaca.
O projeto "Cozinha Mineira Patrimônio" faz parte do Programa Estadual de Desenvolvimento da Gastronomia Mineira (PEGM), lançado pelo governador Romeu Zema em 19 de fevereiro deste ano. Esse plano visa à implantação de políticas públicas e privadas voltadas para a gastronomia mineira, com um total de 72 iniciativas que receberão um investimento estimado em R$ 163 milhões, a serem executadas de 2021 a 2024.
O Projeto Cozinha Mineira Patrimônio celebra o registro dos sistemas culinários do milho e da mandioca como patrimônio cultural imaterial do estado. Essa conquista é o resultado de um trabalho de mais de dois anos, que envolveu a produção de um complexo dossiê, que abrange não apenas os sistemas registrados, mas também uma caracterização detalhada da história da cozinha mineira. A responsabilidade pela produção desse dossiê ficou a cargo do Instituto Periférico em cooperação técnica com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG).
Com o registro oficializado, a cozinha mineira entra em uma nova fase de proteção e salvaguarda, com o desenvolvimento de diversas políticas públicas com o objetivo de preservá-la e valorizá-la. Para os interessados, tanto o dossiê quanto o documentário já estão disponíveis para acesso no site www.cozinhamineirapatrimonio.com.br. Essa conquista fortalece a identidade cultural de Minas Gerais e enaltece a rica tradição gastronômica do estado.
FONTE: CNA Brasil; Estado de Minas; BH Dicas
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