Justiça determina regime fechado para condenado, que retorna à prisão ainda hoje
O ex-sargento da Polícia Militar Ralf de Andrade Maciel foi condenado a 21 anos de prisão pela morte de sua prima, Nayara Andrade, ocorrida em junho de 2021. O crime chocou a cidade de Muriaé, em Minas Gerais, onde a vítima trabalhava como manicure em um salão de beleza.
Durante o julgamento, que durou dois dias, Ralf foi acusado de matar Nayara para receber seguros de vida no valor de mais de R$ 15 milhões, dos quais fraudou em nome da vítima. Segundo a juíza Michelle Felipe Camarinha de Almeida, responsável pela sentença, Ralf foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe, sem dar chances de defesa à vítima, além de estelionato, fraude processual e corrupção ativa.
Os detalhes do crime foram revelados durante as investigações da Polícia Civil, que identificaram o planejamento e a execução do assassinato por parte do ex-sargento. Inclusive, foi apurado que um cabo da PM teria auxiliado Ralf para que o veículo utilizado no crime não fosse identificado, e o cabo encontra-se detido em Belo Horizonte.
No depoimento dado à rádio local Muriaé, a mãe da vítima, Eliane Andrade, expressou sua emoção e alívio com o veredito, afirmando sentir que a justiça foi feita. Nayara Andrade foi atingida por cinco tiros dentro do salão de beleza em que trabalhava e, após três dias de luta no hospital, acabou falecendo em decorrência dos ferimentos.
A decisão da juíza estabelece que o cumprimento inicial da pena de Ralf será em regime fechado. O ex-policial militar deve retornar ainda hoje ao Presídio de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para iniciar o cumprimento da sua pena.
O julgamento, que ocorreu em total ordem e planejamento, encerrou-se às 18h09 desta quinta-feira, com a leitura da sentença pela juíza Michelle Felipe Camarinha de Almeida, que conduziu todo o processo com rigor e imparcialidade.
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