
Cenário deve diminuir investimentos de empresas, impactar o mercado de trabalho e reduzir capacidade de consumo das famílias.
Os aumentos da taxa básica de juros, a Selic, feitos pelo Banco Central desde 2021 começam, enfim, a trazer consequências mais fortes para a economia.
Depois de cinco trimestres seguidos de alta, o Produto Interno Bruto (PIB) voltou a registrar queda, com redução de 0,2% no 4º trimestre de 2022, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além dos sinais de uma desaceleração da atividade, economistas ainda esperam efeitos no mercado de trabalho e na concessão de crédito — e a expectativa é que esses efeitos continuem a repercutir no PIB até o final do ano que vem.
O cenário é uma junção de um quadro de juros elevados, inflação ainda expressiva e de um maior endividamento das famílias. A projeção dos economistas para 2023 é que o PIB tenha um crescimento de apenas 0,84%, segundo o último relatório Focus do Banco Central.
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