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Sinais do Coração: Alertas Cruciais para Evitar a Parada Cardíaca

Estudo revela sintomas antes do colapso, destacando a urgência da prevenção e atenção aos sinais cardíacos.

Imagem: Freepik

Um estudo realizado pelo Cedars-Sinai Health System, em Los Angeles (EUA), e publicado no The Lancet, trouxe importantes revelações sobre os sintomas que antecedem uma parada cardíaca fora do ambiente hospitalar. A pesquisa apontou que metade dos pacientes que vivenciaram esse evento apresentou pelo menos um sintoma nas horas ou dias anteriores, fornecendo pistas valiosas para a identificação precoce desse grave problema de saúde.

A parada cardíaca fora do hospital é uma condição crítica com uma taxa de mortalidade alarmante, chegando a 90%. Por isso, o estudo buscou traçar um perfil dos sintomas mais comuns, a fim de alertar a população e os profissionais de saúde sobre os sinais de alerta.

Dentre os achados mais relevantes, destacou-se que, entre as mulheres, a falta de ar surge como um sintoma significativo antes de problemas cardíacos. Embora o infarto seja a causa mais associada à parada cardíaca, condições como doenças congênitas do coração e arritmias também foram identificadas como possíveis desencadeadores.

Os pesquisadores conduziram um estudo observacional, analisando dois grupos de pacientes que acionaram serviços de emergência relatando sintomas similares. Um grupo de aproximadamente 400 indivíduos havia de fato sofrido uma parada cardíaca, enquanto o grupo controle, com mais de 1.100 pessoas, apresentava outros problemas de saúde. Os sintomas mais associados a problemas cardíacos incluíram dor no peito, falta de ar, transpiração intensa e uma espécie de convulsão caracterizada por alterações nos movimentos e na visão.

Importante ressaltar que casos relacionados a traumas e uso de drogas foram excluídos da pesquisa, garantindo uma análise mais específica dos sintomas cardíacos.

Apesar das limitações metodológicas reconhecidas pelos autores, como imprecisões nos relatos dos sintomas e diferenças nos grupos comparados, os resultados fortalecem os sinais que merecem atenção redobrada. Um estudo anterior já havia revelado que apenas uma minoria (cerca de 19%) procura ajuda médica antes de um colapso, destacando a urgência da conscientização sobre a importância da prevenção.

A cardiologista Patrícia Guimarães, do Hospital Israelita Albert Einstein, comenta sobre as diferenças nos sintomas entre homens e mulheres, enfatizando a necessidade de atenção a sintomas atípicos, especialmente entre as mulheres. Ela destaca a importância da individualização do tratamento, levando em conta diversos fatores, como histórico familiar, hábitos e presença de outros fatores de risco, como hipertensão e colesterol alto.

Diante da suspeita de uma parada cardíaca, a cardiologista ressalta a importância de chamar o socorro imediatamente, seja por meio dos bombeiros ou do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O rápido acionamento de ajuda especializada é crucial para aumentar as chances de sobrevivência.

Os resultados desse estudo reforçam a necessidade de um acompanhamento médico regular e da adoção de medidas preventivas, como a prática de exercícios, uma dieta saudável e a administração de medicamentos, quando necessário. A prevenção precoce, baseada em uma abordagem personalizada, é fundamental para preservar a saúde cardíaca e salvar vidas.

Fonte: Estadão

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